quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Relatório de Estágio Supervisionado em Gestão Educacional I por: Atilas Lyra

No primeiro dia do estágio intervencionista do grupo 2.
Professora A da primeira Etapa da EJA
Inicialmente, tivemos uma mudança de objetivo no cronograma, e também uma dificuldade no horário que se alterou no dia. A intervenção se deu no dia 13 de outubro de 2011 antes da hora combinada. O caso é que a professora B (professora de Educação Física) não estava comparecendo em seu horário normal. Isso fez com que se nosso horário fosse mais cedo, já que segundo a coordenação a professora B é monitora. Por ser monitora não tem um planejamento trabalhado com a coordenação, porém ela repassa a proposta que pretende trabalha. Ainda nesse caso, sua função é de auxiliar as professoras da EJA, quando não estão em sala de aula.  
No dialogo com a professora A, destacamos alguns pontos interessantes. Um deles o fato dele ser substituta da primeira etapa da EJA. Segundo ela estava com dificuldades para lecionar, devido uma rejeição dos alunos, por conta do laço afetivos que eles tinham com a outra professora, afastada por problemas de saúde. Isso foi confirmado com a coordenadora.  Com os rumos do cronograma alterados subitamente por nossa supervisora; o objetivo era colher dados de como a professora A planejava suas aulas.
Na visão da professora o ato de planeja é PRIMORDIAL, ele deve ser pensado primeiro. Pois sem isso o professor não tem como se orienta em uma sala de aula. Ela destacou também, a FLEXIBILIDADE do planejamento; neste caso ficou bem claro para nós que: “nem sempre o que planejamos da certo. Às vezes os alunos se distraíam com outras coisas. E você tem que está preparada para surpresas, ser flexível para certos momentos, em que a aula não vai da forma que você preparou”.  Ele também deve ser RENOVADO (trazendo novas idéias). Segundo ela, “é o norteamento das aulas”. Seu atual trabalho com os alunos é na apresentação 1º contextualização.
Professora B Educação Física (monitora)
Na segunda entrevista a nossa dificuldade foi com a pessoa da professora e com os recursos que ela trabalha. Por ser monitora não á um tempo certo com a coordenação para se planejar as aulas. Sues recursos são baseados em pesquisas pessoais, por conta própria, que visa trabalha a parte teórica (isso ocorre devido à faixa etária dos alunos, em sua maioria mais de 50 anos) focando a qualidade de vida.
Ela trabalha com alunos de 3º anos do ensino normal e da EJA nas 1º e 2º etapa. Seu papel é auxilia e da continuidade a formação que se tem com as outras professoras.
Essas foram às primeiras impressões do Estágio, espero que fique cada dia mais agradável.

Segundo dia de estágio foi muito produtivo. Apresentamos uns slides que tratavam da exploração infantil, os slides contam a estória de Rosa, e isso foi muito interessante ver como a professora buscava entender como aquilo poderia ser representado. Por que a professora A achou que a imagens apresentadas se tratava de algo relacionado ao planejamento. A meu ver foi isso que ela me passou.
A proposta foi mostra imagens que desenvolvesse uma construção de idéias por antecipação, sem que a verdadeira estória fosse contada. Foi produtiva e ao mesmo tempo ficava com expectativa de que ela percebe-se do que tratava aquilo. Após a apresentação das imagens vêm suas conclusões. A proposta que foi feita a professora A está ligada a discutição em sala, bem como a elaboração de um trabalho que visa apoiar o conhecimento previu dos alunos.
Primeira visão da professora: na sua conclusão a estória trata de planejamento, trabalho em conjunto.
Segunda visão após ser mostrada a verdadeira estória:
A falta de necessidade humana é muito grande. E a uma falta de força para muda a realidade mostrada.
Como educadora:
Ela destaca que “falta um sentimento de inocência nas pessoas, nas crianças” (o não acreditar nas pessoas) “o autor passa o amor, apelo pela vida” – professora A.
O estrangeiro: “...ele não era um ser humano. Aquilo que você, não quer para você não se deseja para os outros” Professora A. ela também ressalta como essa violência poderia ser tratada no país. Com leis que de fato faça a diferença. “talvez uma lei possa fazer a diferença” Professora A.
Quando perguntada se apresentaria um trabalho como esse a seus alunos ela diz “sim! eu encarnaria. Por que justifica a busca de uma vida melhor (para sair da exploração infantil). Com a proposta de um trabalho que trata da realidade dos alunos e traga apara sala de aula um debate que vai além da discutição, de atividades que trabalhem o a alfabetização dos alunos da EJA.
Seus alunos passam por essa realidade?
“Sim! Eles justificam isto, a casos em que fazem por querem e outras por falta de estrutura” - Professora A.
Atividade proposta:
Uma apresentação oralmente, com posicionamento e a criação de cartazes que tratem do assunto exploração infantil e outros que os alunos tragam de sua realidade.
Em fim foi muito bom a discutição melhor que o esperado. A professora foi muita paciente e fez questão de permite uma gravação. Agradeço pela autorização. E até o próximo encontro.
Com as atuais mudanças por conta da ausência da professora que estávamos auxiliando, os rumos mudaram e o planejamento ficou para a outra metade do grupo de segunda-feira. Mas isso não é problema. Agora a coordenadora, se ofereceu para participar do estágio e isso fez com que nosso trabalho focasse o TO em conjunto com o grupo de segunda-feira. Vamos que vamos!  Agora para produzir um excelente trabalho.  
Após um dia sem ir ao estágio por conta do feriado! Tivemos uma reunião com a professora e acessos a mais informações para complementar nosso trabalho. Isso se deu na ultima quinta-feira, na segunda-feira do dia 7 de novembro nós trabalhamos com a coordenadora com dinâmicas do TO e discutimos como propor uma atividade que envolva a todos da sala de aula. A proposta ficou e com “bons fluidos”. Agora estamos a caminho de um teatro que de fato faça a diferença. Otimismo irmãos que esse trabalho está valendo à pena!


Na quinta-feira do dia 10 de novembro, nosso trabalho foi bem recebido pelos alunos da EJA primeira etapa. Os alunos foram bastante receptivos e atenciosos com eu e Lorrany. A conversamos bastante e muitos deles foram bastante legais. Comentamos sobre o TO e  explicamos sobre Paulo Freire e a pedagogia do oprimido, também explicamos o conceito de Opressor e Oprimido. No inicio eles não entenderam mais logo ficou bem claro.  No decorrer da noite trabalhamos uma dinâmica em que os alunos se submetem a serem Opressor e Oprimido. Foi interessante ver eles tentarem segui o que se pretendia, logo em seguida uns comentaram ser engraçado a dinâmica, e ficaram constrangidos. Não questionamos nada ainda pois só trabalhamos com eles na primeira metade da aula já que a coordenação estava com uma proposta de alfabetizá-los no segundo momento. E assim com um otimismo estamos confiantes para que o teatro der certo. Já temos a história que será encenada.

Observação do dia 17
Nesse dia houve uma frustração por parte doa alunos, muitos não aceitaram o TO, e se impuseram a fazer parte da peça. Uma de nossas colegas Lorrany(que falou muito e ficou com a garganta seca e mesmo assim foi muito questionada pelos alunos)  convenceu poucos pois os demais sempre encontravam meios de discordar do que tínhamos proposto  para a turma. Até então dissemos que todas as turmas participariam, pois foi combinado que as demais turmas estariam com alguns dos estagiários em sala trabalhando o TO. No momento nossa equipe está dividida e sem um apoio dos demais. Houve rupturas na equipe. Seguindo o que foi planejado estaremos nas quintas-feiras trabalhando o TO, mas sei que muitos não iram para sala de aula, pois como a coordenação disse antes. “que os alunos da EJA não gostam de projetos, mas de aulas com conteúdos uma vez que eles visão aprender a ler e escrever” ou seja para eles isso é mais importante, já que visão uma melhora no trabalho. Os estudos para eles devem ser algo de imediato para resolver seus problemas.
Nosso trabalho antes era de planejar aulas em que os alunos aprendessem e participassem sem problemas, mas como tivemos problemas com a falta de professora, perdemos o nosso propósito inicial. Agora só nos resta reza para que ao menos algo para nosso grupo der certo.  
Últimos dias de Estágio
Nos dias 28 de novembro a 1 de dezembro  fizemos dinâmicas e trabalhamos com os alunos da EJA da primeira a terceira etapa. Foi trabalhado o TO com os alunos e o uso da oralidade foi proposto, porém tivemos dificuldades em relações pessoais dos alunos. Logo resolvemos os conflitos e foram propostas novas idéias e sugestões de histórias reais de cada aluno. Discutimos e ensaiamos como foi o fato ocorrido. Isso durou muito pouco para nós, porém tivemos vínculos afetivos com alguns alunos ao ponto de conversa sobre suas vidas e como eles são no dia-a-dia. Nos dias de estágio no qual trabalhamos o TO foi gratificante e engraçado, tivemos conflitos como em qualquer lugar na sociedade, mas, vivemos momentos exclusivos de nossas vidas em estágio.
Anteriormente, eu tinha gueixas e estava extremamente exaltado com fatos interpessoais, mas nunca parei de pensar positivamente; afinal tudo tem que ter seu lado bom. E foi uma experiência que mostrou meus limites e reações que muitas às vezes ficam escondidas a espera de surgir. Foi um estágio interessante, gratificante por parte dos colegas e da nossa orientadora de estágio. Como também foi muito acolhedor, isso se deve pelo fato da coordenação ter sido realmente uma amiga para nossa equipe, sempre nos ajudando.
No dia 01 de dezembro não houve um dia comum de estágio os alunos que trabalhávamos o TO faltaram, um caso comum na EJA. Na semana seguinte o ultimo dia de estágio reunimos todos os estagiários e a nossa orientadora, bem como as professoras da EJA e a coordenação. Dialogamos as relações de aprendizado e como foi vivencia essas relações. Confesso que independente dos conflitos o estágio favoreceu uma maior visão da coordenação e de como a gestão é uma função de desafios e conflitos extremos e delicados bem como a coordenação é um membro muito importante para que o trabalho entre gestão e professor seja trabalhado. Pude ver também trabalhos árduos da coordenação em todos os horários, uma vez que eu fui o único que frequentou os três horários com mais disponibilidade. Não é fácil ser um gestor e também não é fácil ser coordenador, o trabalho deve ser em conjunto e parceria com professores e alunos dessa forma pode trabalha para melhorar as relações na educação e o aprendizado de todos. 
Hoje posso dizer que tenho coragem de fazer parte de uma gestão, sei que o trabalho não é fácil, mas não é impossível. Três coisas eu aprende nesse estágio: PERSEVERANÇA, DIALOGO e PACIÊNCIA. Bem que o futuro revele para nós uma educação onde a democracia seja uma característica natural da ordem que permeia a educação de nosso estado.

Att: Atilias Lyra Estudante de Pedagogia 6º Período

2 comentários:

  1. querido atila, vida de estagiário é um pouco difícil, a criação de laços afetivos com os alunos é um árduo processo de amadurecimento e reflexão: por que num primeiro momento os alunos demostraram interesse no teatro do oprimido (TO)? quem foram as pessoas que mais demostraram segurança e motivaram os alunos a participarem? onde estão esses alunos que demostravam interesse agora? por que tudo se perdeu de uma semana para outra? continuas desafiado a tentar descobrir como recuperar a sua motivação e a do grupo? acreditas mesmo nisso? esses são alguns pontos reflexivos que emergem nesse momento. Lembre-se sempre "é na dor que a ostra cria a pérola".

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  2. Ok! profwssora. Realmente existem pontos muito positivo nisso tudo, apesar de nossos planos terem sido desnorteados, mas não parei de ter otimismo. ^^ bem vamos ao final disso tudo.
    Att: Atilas (coms "S" no final ¬¬')

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